Music
The Nevermet Ensemble
Mitsubou
Rudimentol Records 2010
In 2006 and 2007 audio files travelled around the globe on disks from Melbourne (Australia), Guilin (China), Milan and Salento (Italy) and Festus (USA) to be mixed somewhere in Lisbon (Portugal).
The musicians never met.
Those files were mixed into 11 tracks revealed in 2010.
Clinton Green [Australia] :
electric guitar, effects.
ioioi (Cristiana Fraticelli) [Italy] :
voice, effects.
Lynn York [USA] :
synthesizers, computer.
Miguel Feraso Cabral [Portugal] :
drums, percussion, organs, «saxoo», «violaika», feedbackbox, guitars, objects, effects.
Ronez (Zhou Pei) [China] :
turntables, mixers, circuit bendings, computer, qingqing, objects, effects.
Sogt (Giorgio Viva) [Italy] :
synthesizers, computer, objects, sarangi, effects.
Mixed, engineered and produced by
Miguel Feraso Cabral
Mastered by
Rocha Alves
Concept, artwork and webdevelopment by
Miguel Feraso Cabral
Track list:
01 - 02:55 | Dey |
02 - 04:13 | Riflesso Condizionato |
03 - 03:33 | Eavesdrop |
04 - 01:40 | Consider it Fun (Kuai Dian!) |
05 - 02:22 | Risperidone |
06 - 02:27 | Segnale Perso |
07 - 04:15 | Wo Yao Kan Yi Sheng |
08 - 02:09 | Balaclava |
09 - 03:41 | A Soon As Probable |
10 - 01:40 | Riflesso Condizionato II |
11 - 02:55 | Last in Retroversion |
Reviews
Cinco anos depois…
Cinco anos passados sobre o surpreendente "Quarto Escuro" (Rudimentol Records, 2005), Miguel Cabral está de volta com o projecto The Nevermet Ensemble. E está de volta com um não menos surpreendente registo. Sempre surpreendente. Sem se conhecerem e embalados pelas possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias, músicos de Melbourne (Australia), Guilin (China), Milão e Salento (Italia), Festus (EUA) e Lisboa (Portugal), criaram esta pequena loucura sonora. Miguel Cabral é, como sempre, o elo de ligação de toda esta aventura. Para além de músico é também o responsável pela mistura, produção e gestão de todo o projecto. É o homem do conceito. Miguel Feraso Cabral contou neste registo com as participações de Clinton Green, Ioioi (Cristiana Fraticelli), Lynn York, Ronez (Zhou Pei) e S.O.G.T. (Giorgio Viva).
a-trompa.net, 12/2010
The Nevermet Ensemble regressa com Mitsubou
Entre 2006 e 2007, ficheiros áudio viajaram pelo mundo em discos vindos de Melbourne (Austrália), Guilin (China), Milão e Salento (Itália) e Festus (EUA) para serem misturados algures em Lisboa.
Depois de trabalhados deram origem a 11 faixas que são agora mostradas em álbum. Os músicos nunca se encontraram nem conheceram antes do disco estar pronto. Seis anos após a edição do primeiro álbum, o projecto The Nevermet Ensemble regressa com o lançamento de um novo disco.
Miguel Feraso Cabral volta a convidar músicos que desconhece para produzirem sons que viriam a ser misturados por ele, dando origem a 11 faixas, que podem agora ser encontradas em Mitsubou.
Mitsubou nasceu em 2006. Cabral navegava de forma algo aleatória pela Web, procurando encontrar músicos que partilhassem algumas referências consigo. Enviou convites e ficou à espera de respostas. Algum tempo depois, vários ficheiros vindos de diferentes partes do mundo chegaram à sua caixa de correio, à semelhança do processo que originou o primeiro álbum Quarto Escuro (este editado em 2005 e bem acolhido pela crítica nacional e internacional, tendo recebido elogios de Mike Barnes, da prestigiada revista The Wire, Fernando Magalhães do Público, Pierre Durr da Revue & Corrigée, Dionisio Capuano da Blow Up, entre outros).
Miguel Feraso Cabral recebeu desta vez sons vindos de quatro continentes e de cinco músicos com diferentes perfis: Clinton Green (Melbourne, Australia), músico e guitarrista originalmente vindo do punk, escritor de livros de terror e investigador na área da música experimental australiana; ioioi/Cristiana Fraticelli (Milão, Itália), uma one-woman-band italiana e improvisadora que explora a voz sem recurso a letras, numa língua inventada próxima do japonês, fazendo-se acompanhar nos seus espectáculos por uma guitarra eléctrica, laptop e diferentes objectos; Lynn York (Festus, EUA), americana de 61 anos, natural do Estado do Missouri, que se dedica à música electrónica como hobby, publicando esporadicamente as suas composições em diversas plataformas da internet sob vários pseudónimos; Ronez/Zhou Pei (Guilin, China) contabilista chinês, mas também músico e performer, cujas actuações centram-se na exploração, muitas vezes violenta, do ruído, recorrendo a instrumentos electrónicos modificados pelo próprio, gira-discos, mesas de mistura em feedback e efeitos e SOGT/Giorgio Viva/Giorgio W (Salento, Itália), DJ, músico e prolífero artista plástico que tem actuado intensamente como DJ no sul de Itália desde os anos 90, e, como improvisador, manipulando instrumentos electrónicos antigos, computador, objectos diversos e efeitos.
santosdacasa.blogspot.pt, 02/2011
The Nevermet Ensemble 'Mitsubou'
★★★★★
Se fate una traduzione letterale del nome del gruppo, credo avrete già una vaga idea di cosa vi aspetti. Decisamente non è una novità l'ascoltare gruppi che hanno realizzato interi lavori senza essersi effettivamente incontrati dal vivo, ma in questo caso le distanze diventano chilometriche visto che abbiamo: un australiano alla chitarra elettrica, un'italiana alla voce, un americano ai sintetizzatori, un portoghese alle percussioni e via dicendo. Insomma, i file registrati da ognuno dei componenti sono stati alfine mixati a Lisbona da Cabral (il "batterista"), senza che i nostri si siano mai incontrati.
Cosa vi aspettereste da un lavoro del genere? Niente di normale? Esattamente, anzi gli undici pezzi che compongono l'album sono altamente sperimentali, collocandosi in una nicchia non tanto confortevole tra elettronica, idm, industriale, varie ed eventuali influenze. Il fatto che i pezzi siano stati spesso composti incastrando tracce differenti è cosa fin troppo evidente, visto che nel corso di una stessa canzone s'intervallano momenti che si legano in maniera piuttosto disgiunta. Peccato perché la forza dei singoli momenti è palese, non ispirandosi a nessuna realtà in particolare ma piuttosto creando qualcosa di nuovo, utilizzando l'esperienza di ciascuno dei membri.
Pezzi più cauti e minacciosi come As soon as probable, spezzano i momenti quasi rabbiosi (addirittura quasi- metal) come la chiusura di Risperidone e gli echi tribali di Eavesdrop e Last in Retroversion; insomma di carne al fuoco ne troveremo talmente tanta che è davvero improduttivo mettersi a dissezionare ogni traccia.
Personalmente avrei gradito maggiormente uno sviluppo effettivamente progressivo, versus invece questo straripamento musicale, ma questo non detrae dalla qualità del lavoro.
Mitsubou è non solo liberamente scaricabile dal sito della Rudimentol, ma esce sotto licenza CC: potrete remixarlo e utilizzarlo a vostro piacimento. Ottima iniziativa.
kathodik.it, 03/2011